Ginecologia
A ginecologia é a área médica que trata do sistema reprodutor feminino. Enquanto a obstetrícia lida com a gravidez e seus procedimentos e complicações associados, a ginecologia envolve o tratamento de mulheres que não estão grávidas.
Pode-se afirmar que a ginecologia compreende campos médicos e cirúrgicos. Embora muitas das doenças ginecológicas necessitem de tratamento hormonal e farmacológico, os cânceres, miomas, dentre outros, requerem remoção cirúrgica.
Quer saber mais a respeito? Leia abaixo e se aprofunde nessa especialidade de extrema importância à saúde feminina.
Ginecologia e suas funções
Os ginecologistas usam uma variedade de procedimentos diagnósticos e terapêuticos. Alguns dos procedimentos amplamente utilizados em ginecologia incluem:
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- Histerectomia ou remoção do útero
- Remoção de ovário
- Remoção das trompas de falópio durante a cirurgia
- Execução de biópsias em cone das paredes internas do útero se houver suspeita de câncer do útero
- Colposcopia e histeroscopia, em que o interior do útero é visualizado usando instrumentos semelhantes aos de um endoscópio
- Tirar biópsia ou amostras de tecido do colo do útero, se houver suspeita de câncer
- Fazer o teste de Papanicolaou de rotina do colo do útero para diagnosticar e detectar o câncer do colo do útero
- Exame de ultrassom dos órgãos reprodutores
- Laparoscopia ou visualização dos órgãos abdominais internos do sistema reprodutor feminino e diagnóstico e remoção de cistos e infecções dos ovários e trompas de falópio
- Remoção de miomas do útero
- Diagnóstico e tratamento de infecções sexualmente transmissíveis
- Diagnóstico e tratamento da incontinência urinária
- Diagnóstico de problemas com a menstruação, como ausência, sangramento intenso, menstruação irregular ou sem início, etc.
- Diagnóstico e tratamento de câncer de colo do útero, vagina, vulva, útero ou ovário junto com uma equipe de médicos e cirurgiões, incluindo um oncologista ou especialista em câncer.
Doenças tratadas pela ginecologia
Dentre as principais doenças tratadas por um médico ginecologista, estão:
Síndrome do Ovário Policístico (SOP)
Os cistos são bolsas cheias de líquido que se formam no ovário ou em sua superfície.
As mulheres têm dois ovários – cada um com o tamanho e a forma de uma amêndoa – de cada lado do útero.
Os óvulos, que se desenvolvem e amadurecem nos ovários, são liberados durante os ciclos menstruais nos anos férteis.
No entanto, muitas mulheres podem apresentar cistos ovarianos em algum momento de suas vidas.
Contudo, a maioria dos casos de cisto no ovário apresenta pouco ou nenhum desconforto e é inofensiva. A maioria desaparece sem tratamento dentro de alguns meses.
Mas os cistos ovarianos – especialmente aqueles que se romperam – podem causar sintomas graves. Para proteger sua saúde, o ginecologista irá pedir exames pélvicos regulares e reconhecer os sintomas que podem indicar um problema potencialmente sério para, então, prescrever o tratamento mais adequado.
Endometriose
A endometriose é uma doença normalmente dolorosa em que o endométrio – tipo de tecido localizado no interior do útero – cresce fora do útero.
Essa condição envolve mais comumente os ovários, as trompas de Falópio e o tecido que reveste a pelve.
Com a endometriose, o endométrio age como o tecido endometrial, ou seja, ele se espessa, se decompõe e sangra a cada ciclo menstrual.
Mas, como esse tecido não tem como sair do corpo, ele fica preso.
Quando a endometriose envolve os ovários, podem se formar cistos chamados endometriomas. Além disso, o tecido circundante pode ficar irritado, desenvolvendo eventualmente tecido cicatricial e aderências (faixas de tecido fibroso que podem fazer com que os tecidos e órgãos pélvicos grudem uns nos outros.)
Desse modo, a endometriose é uma condição que a ginecologia é responsável por manejar e oferecer opções de tratamento à mulher que é acometida pela doença.
Mioma uterino
Outra condição muito comumente presente na rotina de trabalho dos urologistas é o mioma.
Miomas são um tipo de tumor benigno (ou seja, não canceroso) do útero que costumam aparecer durante a idade reprodutiva.
Também chamados de leiomiomas, eles não estão associados a um risco aumentado de câncer uterino e quase nunca evoluem para câncer.
Além disso, eles podem variar em tamanho, desde indetectáveis ao olho humano, até massas volumosas que podem distorcer e aumentar o útero.
A paciente pode ter um único mioma ou vários. Em casos extremos, vários miomas podem expandir o útero tanto que atinge a caixa torácica.
Algo que poucas pessoas sabem é que muitas mulheres têm miomas uterinos em algum momento de suas vidas, mas não sabem disso porque geralmente são assintomáticos.
Inserção/retirada de DIU
O DIU (Dispositivo Intrauterino) é um dispositivo que é inserido dentro do útero das mulheres como método contraceptivo.
Existem diferentes tipos de DIU, alguns que liberam hormônios regularmente e outros que não são hormonais, como o DIU de prata e cobre.
O DIU de prata, por exemplo, libera cobre no útero, o que resulta em certas alterações no endométrio. Essas alterações, por sua vez, impedem a fecundação, além de afetar o tempo de sobrevivência dos espermatozoides.
Para muitas mulheres, o DIU é o método contraceptivo ideal, especialmente para quem não quer ou não tem aplicação para o consumo de pílulas anticoncepcionais.
Portanto, cabe ao ginecologista fazer a inserção, bem como a retirada do dispositivo.
Doença Inflamatória Pélvica
A doença inflamatória pélvica (DIP) é uma infecção dos órgãos reprodutivos femininos.
Ocorre com mais frequência quando uma bactéria sexualmente transmissível se espalha da vagina para o útero, as trompas de Falópio ou os ovários.
Os sinais e sintomas da doença inflamatória pélvica podem ser sutis. Além disso, algumas mulheres não apresentam quaisquer sinais ou sintomas.
Como resultado, a mulher pode não perceber que tem até ter problemas para engravidar ou desenvolver dor pélvica crônica.
Um ginecologista poderá fazer exames e detectar características que indicam a presença dessa condição, bem como prescrever o tratamento que julgar mais adequado.
Outras condições tratadas pela ginecologia
Além dessas doenças relacionadas no tópico acima, há outras condições tratadas pela ginecologia, afinal, é uma gama com ampla abordagem e possibilidade de intervenção. Confira:
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- Incontinência da bexiga
- Patologias cervicais
- Insuficiência Cervical
- Anomalias congénitas
- Congelamento de óvulo
- Câncer Endometrial / Uterino
- Trompa de Falópio e câncer peritoneal primário
- Incontinência Fecal
- Hirsutismo
- Infertilidade
- Menopausa
- Oncofertilidade
- Cancro do ovário
- Distúrbios do assoalho pélvico
- Anormalidades pré-cancerosas e cancerosas
- Perda Recorrente de Gravidez
- Cirurgia Reprodutiva
- Doenças sexualmente transmissíveis
- Incontinência urinária
- Infecção do trato urinário
- Candidíase
- Câncer Vaginal
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Fontes:
https://www.febrasgo.org.br/pt/noticias/item/547-os-rumos-da-ginecologia-e-obstetricia
http://www.rcog.org.uk/book/what-obstetrics-and-gynaecology
https://www.healthcareers.nhs.uk/explore-roles/doctors/roles-doctors/obstetrics-and-gynaecology
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