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Posso operar normalmente após me vacinar ou devo esperar?

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Passar por um procedimento cirúrgico, independentemente de qual seja, envolve uma série de cuidados que o paciente deve ter, tanto antes da operação, quanto depois, com o objetivo de reduzir os riscos envolvidos e proporcionar uma boa recuperação.

No entanto, em época de Covid, as diretrizes cirúrgicas passaram por mudanças e, com isso, muitas dúvidas são levantadas.

Por um tempo, a rede pública de saúde (SUS) precisou interromper as cirurgias eletivas para atender às emergências que a doença estava desencadeando.

Mas e hoje em dia? Como está o cenário cirúrgico? Uma dúvida muito frequente entre os pacientes é se podem passar por cirurgias após a vacinação, ou se dá um período de segurança para garantir o efeito da vacina.

Tire suas dúvidas abaixo e saiba mais sobre o assunto:

Afinal, posso operar após a vacina ou devo esperar?

De modo geral, assim como um quadro de febre pode ocasionar o cancelamento de uma cirurgia, a vacinação alguns dias antes também pode ser um fator para seu adiamento.

Isso se deve ao fato de que a vacina desencadeia uma resposta inflamatória sistêmica no organismo. Esse sintoma pode acabar sendo confundido com condições pós-operatórias.

Isso quer dizer que, ao se tratar de cirurgias eletivas, ou seja, aquelas que são planejadas previamente, e não em decorrência de situações emergenciais, requerem um tempo de adaptação do organismo em relação à resposta imunológica da vacinação.

Um estudo publicado pelo Departamento de Anestesiologia do Hospital Universitário de Mülheim, na Alemanha, constatou-se ser importante adiar cirurgias eletivas por, no mínimo, 15 dias após a aplicação da segunda dose da vacina (nos imunizantes que requerem duas doses). 

De acordo com a pesquisa, isso forneceria proteção total contra Ccovid-19 e, portanto, um pós-operatório significativamente com riscos reduzidos

Mas, de fato, é importante que os pacientes que puderem, passem pela vacinação antes de se submeter a procedimentos cirúrgicos, porque a imunização pode reduzir as chances de complicações pulmonares, vasculares e de outras áreas no pós-operatório.

Ocorre que nem sempre essa espera é possível, principalmente quando o paciente apresenta uma condição que requer certa urgência de intervenção. Nesses casos, caberá ao médico e ao hospital indicar o protocolo que está sendo adotado. 

Quando não é possível esperar, tomam-se os cuidados necessários para reduzir os riscos de eventuais complicações.

Recomendações sobre cirurgias eletivas e vacinação

A American Society of Anesthesiologists, por exemplo, recomenda que os pacientes se submetam às cirurgias eletivas após duas semanas depois da segunda dose da vacina. 

Além disso, o mesmo órgão recomenda que pacientes que tiveram Covid esperem de quatro semanas (para pacientes assintomáticos ou com sintomas leves) a doze semanas (em casos mais críticos, como pacientes internados na UTI) para fazer uma cirurgia eletiva. 

No entanto, alguns cirurgiões recomendam que as cirurgias eletivas sejam adiadas em uma semana em pacientes que receberam vacinas com o vírus inativado, como é o caso da CoronaVac (Sinovac), e certa de três semanas após vacinas vivas, como a Astrazeneca e Oxford, por exemplo.

Possíveis efeitos da vacina

Os efeitos pós-vacina estão dando o que falar. Embora esse seja um sinal de que o organismo está reagindo ao vírus, está debilitando temporariamente muitas pessoas.

No braço em que a vacina fora aplicada, alguns sintomas comuns incluem dor, vermelhidão e edema (inchaço).

Já os sintomas mais comuns que podem se manifestar no resto do corpo são:

– Dores de cabeça

– Febre

– Tosse seca

– Cansaço.

Os sintomas menos comuns incluem:

– Dor de garganta

– Dor generalizada no corpo

– Diarreia

– Conjuntivite

– Perda de paladar e/ou olfato

– Erupção cutânea

– Descoloração dos dedos das mãos e/ou pés.

Os sintomas costumam desaparecer em cerca de 5 a 6 dias após a exposição ao vírus.

Embora mais raros, há também os sintomas considerados graves, que exigem auxílio médico imediato.

São eles:

– Dor ou pressão no peito

– Perda ou dificuldade de fala

– Perda ou dificuldade de se movimentar

– Dificuldade de respirar / falta de ar.

Mas endossamos que embora os sintomas possam ser desconfortáveis, esse não deve ser um fator impeditivo para se imunizar, afinal, a vacina é o mecanismo capaz de proteger os indivíduos das complicações graves da Covid e proporcionar uma retomada gradual e segura das atividades.

Eficiência das vacinas

A eficiência das vacinas é um fator incontestável. Isso porque todas as marcas que estão em circulação no país passaram pelos três estágios que compõem os testes de eficiência exigidos pela ANVISA.

O percentual de eficácia, para que a vacina seja aceita e distribuída pelo SUS, precisa ser de pelo menos 50%, conforme exige a Organização Mundial de Saúde.

Nos testes realizados no Brasil, a CoronaVac indicou 78% de proteção contra o vírus e 100% contra casos graves.

A vacina Oxford-AstraZeneca, por sua vez, teve 73% de eficácia contra o vírus e igualmente 100% de proteção contra casos graves que exigem hospitalização.

A vacina é segura?

A segurança das vacinas aplicadas é outro assunto que desperta opiniões controversas, no entanto, é preciso atentar-se aos fatos e aos estudos existentes a respeito.

Nos Estados Unidos, desde abril de 2021, houve mais de mil relatos de casos de miocardite (inflamação do músculo cardíaco) e pericardite (inflamação do revestimento externo do coração) ocorridos após a vacinação, de acordo com os Centros dos EUA para Controle e Prevenção de Doenças (CDC).

No entanto, considerando as centenas de milhões de doses da vacina que foram administradas, esses relatos são muito raros. O problema ocorre com mais frequência em adolescentes (adolescentes) e adultos jovens e no sexo masculino. 

Além disso, a miocardite ou pericardite na maioria dos casos foram leves e com rápida remissão.

Fato é que não há motivos para duvidar da segurança e eficiência dos imunizantes. Isso porque todas as vacinas autorizadas para uso emergencial pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA) foram exaustivamente testadas e consideradas seguras e eficazes na prevenção de Covid-19 grave. 

Além disso, pelo mundo todo, essas vacinas continuam a passar por um monitoramento de segurança contínuo e intenso.

Outro motivo que justifica a segurança das vacinas, é que em todos os países, não há um caso sequer de óbito relatado em decorrência de reação alérgica ao imunizante.

 

Fontes:

www.bjanaesthesia.org/

www.medicaldevice-network.com/

www.aci.health.nsw.gov.au

www.asahq.org

www.gironoticiasgo.com.br/

www.who.int

 

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