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Embolização de Miomas Uterinos: Mioma e Fertilidade

Frequentemente chegam ao consultório dos Radiologistas Intervencionistas pacientes buscando informações sobre o tratamento de Embolização de Miomas Uterinos (EMUT) como alternativa à histerectomia, indicada por seus médicos ginecologistas.

As pacientes querem saber mais sobre essa alternativa à cirurgia, já que boa parte delas ainda mantém a vontade de preservação da fertilidade, que é irreversivelmente perdida quando o útero é retirado. Vale lembrar, que nem todas pacientes são candidatas à Embolização de Miomas Uterinos e que para outras há alternativas que incluem a miomectomia histeroscópica ou laparoscópica, que junto da Embolização de Miomas Uterinos, também são poupadoras do útero.

Dessa forma, médicos de todo mundo estudam desde 2000 o efeito da Embolização de Miomas Uterinos sobre a fertilidade da mulher. Muitas vezes, compara-se a Embolização de Miomas Uterinos com outros procedimentos, justamente para descobrirem as limitações e o perfil de segurança de cada alternativa, ajudando a paciente a decidir sobre qual o melhor tratamento para ela. Como exemplo, esse mês de Outubro foi publicado na principal e mais importante revista científica de radiologia do mundo – Radiology, publicação da Associação Norte-Americana de Radiologia (RSNA) – relevante artigo sobre esse tema intitulado “Gravidez espontânea com bebê nascido vivo após a Embolização de Miomas Uterinos pela técnica convencional ou parcial” (“Spontaneous Pregnancy with a Live Birth after Conventional and Partial Uterine Fibroid Embolization”) [1]

O pesquisador e Radiologista Intervencionista português João M. Pisco e colegas, sobre a orientação do professor brasileiro Antonio G. Oliveira da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, dividiram 359 mulheres submetidas à Embolização de Miomas Uterinos entre 2004 e 2014 em dois grupos. Um grupo foi submetido ao procedimento de Embolização de Mioma Uterinos pela técnica “convencional”, amplamente realizada no mundo, e o outro à técnica desenvolvida pela equipe dele, que é ligeiramente diferente por ser “parcial” – o cateter não realiza a embolização de todo o útero, somente de uma parte dele. O estudo não demonstrou diferença entre as técnicas, sendo ambas igualmente efetivas.

Entretanto, os dados descobertos mais relevantes relacionam-se à fertilidade das pacientes tratadas por meio da Embolização de Miomas Uterinos – independente da técnica utilizada. As taxas de gravidez; gravidez com bebê nascido vivo e as taxas de aborto espontâneo foram rigorosamente iguais à de mulheres da população geral, ou seja, daquelas que não tinham miomas uterinos. Dessa forma, por esse estudo, a Embolização de Miomas Uterinos não influenciou negativamente na capacidade de gestação das pacientes tratadas e também não aumentou a taxa de abortos espontâneos.

Essa conclusão é extremamente importante, pois demonstrou que a Embolização de Miomas Uterinos não acrescentou maiores riscos à perda da fertilidade e de aborto naquelas tratadas. Com isso, joga-se luz sobre esse tema tão complexo e essa informação serve como mais um substrato para ajudar a paciente a escolher o que é melhor para ela.

REFERÊNCIA

[1] Pisco JM, Duarte M, Bilhim T, Branco J, Cirurgião F, Forjaz M, et al. Spontaneous Pregnancy with a Live Birth after Conventional and Partial Uterine Fibroid Embolization. Radiology 2017;285:161495. doi:10.1148/radiol.2017161495.

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